sábado, 5 de junho de 2021

a poesia e o tempo – 2

(Anish Kapoor - Dismemberment -2)


minha palavra aspira a impotência própria de toda palavra,

já que só por uma vez o verbo fez-se,

e todo o verbo posterior não escapa de ser somente seu eco.

ela avoluma-se em avalanches, goteja como gutural goteira,

pretendendo-se abissal em suas poças sobre o soalho roto das horas.

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