(James Ensor)
Não tenho nada a dizer.
E é neste paradoxo que desenvolvo minha antifala, meu
discurso vazio
(perdão!, não vazio, com um pontinho preto numa página
Amassada):
Nada a dizer, nada a declarar, não há nada a ser dito
(o que quer dizer que há algo a se dizer).
E é neste aparente paradoxo que desenvolvo minha procura
entre tanto
E tantos que dizem e que se diz, sem que realmente nada
haja para ser dito:
Procuro o que não dizer, e é só isto que digo:
O que não digo.
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