sábado, 10 de julho de 2021

CLIC

(Ada Breedveld) 
 

Acaba a força, os personagens estacionam. Parados na tela como imagens de vento, de vapor, de cera, estáticas, inertes, sem vida. O garoto faz um muxoxo, ameaça chorar. A mão da mãe sugere que desligue o vídeo, é hora de nanáa. Ai, tá bom, vai! Amanhã será um novo dia, amanhã haverá sol, brinquedos, sorvete no congelador, poeira no tapete da sala.

Clic. As manchas se desvanecem, e o bebê dorme quieto.


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