quinta-feira, 1 de julho de 2021

Quieto, pede o quorum.

 

(Valquíria Cavalcante)




há espetáculos que nunca se vêem.

mas visões espetaculares os precedem.

anunciam-nos trombones e gritos de cães vadios

(sem rumos)



sabem para aonde não ir, os vikings do pensamento.



delírios povoam os fogos de chamas que se apagam

e que se acendem



minhas riquezas são sábias,

mas não fazem grandes enigmas:

elas o são, querida, e eis aí o nada mais óbvio.



as gripes as fascinam, com seus vírus purulentos

de charme vão

sem sumidades;



perguntas populam e criam margaridas,

que vendem em pequenos ramalhetes

nas esquinas de mendigos e piranhas

fauna corner



inglês aprendi, e outras línguas que não a tua ferina

que entrecorta meus lábios sem mesuras

e percorre meu corpo sem licenças



cansou-me a loquacidade dos teus termos de sábio tolo,

e milhares de vezes li nas nuvens e nas xícaras

seus hieróglifos.



querido, eu sou semita

não peças para atingir o abissal

sendo eu mero pardal.

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