há espetáculos que nunca se vêem.
mas visões espetaculares os precedem.
anunciam-nos trombones e gritos de cães vadios
(sem rumos)
sabem para aonde não ir, os vikings do pensamento.
delírios povoam os fogos de chamas que se apagam
e que se acendem
minhas riquezas são sábias,
mas não fazem grandes enigmas:
elas o são, querida, e eis aí o nada mais óbvio.
as gripes as fascinam, com seus vírus purulentos
de charme vão
sem sumidades;
perguntas populam e criam margaridas,
que vendem em pequenos ramalhetes
nas esquinas de mendigos e piranhas
fauna corner
inglês aprendi, e outras línguas que não a tua ferina
que entrecorta meus lábios sem mesuras
e percorre meu corpo sem licenças
cansou-me a loquacidade dos teus termos de sábio tolo,
e milhares de vezes li nas nuvens e nas xícaras
seus hieróglifos.
querido, eu sou semita
não peças para atingir o abissal
sendo eu mero pardal.
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