a Pasolini
Meus atos impuros são muitos, em muitos se relatam
e muito de mim falam.
Empurram-me tão longe de mim que me perco
Minhas mãos possessivamente minhas distendem os ares,
esfacelam pequenos grãos de trigo
E afagam cabelos, ventres, dorsos de granito.
Meu corpo que profano, quão pecador que és!
gritas mais alto do que posso ouvir,
E sussurra baixo demais para que possa me excitar.
Meus atos tolos, impuros; esmigalham-se nas prensas do tempo
sem que deixem vestígios de mim.
e muito de mim falam.
Empurram-me tão longe de mim que me perco
Minhas mãos possessivamente minhas distendem os ares,
esfacelam pequenos grãos de trigo
E afagam cabelos, ventres, dorsos de granito.
Meu corpo que profano, quão pecador que és!
gritas mais alto do que posso ouvir,
E sussurra baixo demais para que possa me excitar.
Meus atos tolos, impuros; esmigalham-se nas prensas do tempo
sem que deixem vestígios de mim.
(Ilustração: Elisa Riemer)
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