segunda-feira, 10 de maio de 2021

belo é seu dom de criança

 (William-Adolphe Bouguereau-1825-1905: Admiration,1897)
 

belo é seu dom de criança,

e grandes as esperanças de seu realejo

de menino doce;

 

não sei como escrever estes fragmentos de vitral

sem me machucar sem seus cacos

 

tentarei.

 

pelos caminhos e trilhas que caminha,

nascem as tulipas que formam sua trilha

franciscana;

não tenho como expressar meu pesar

de ver seus pés rotos e andarilhos

esvaírem-se em sangue e feridas

 

mas que posso fazer eu, se ratos roem as cordas

de meus poucos instrumentos

à última sinfonia?

 

estou tentando, baby, e isso é impossível.

 

mas não me responsabilizo por poemas que ladram e mordem

esses teus braços finos e frágeis

nem por ratos que roem cordas de tchellos

em seus derradeiros acordes.



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